domingo, 18 de janeiro de 2009

(google image)
Depositei toda a minha esperança nos braços de um amor destinado a fracassar. E ainda assim acreditei que tudo seria diferente. Tu disseste que seria diferente, prometeste. Fizeste de mim a tua mais bela cobaia e eu aceitei. Esperei-te anos à fio. Chorei-te como nunca havia chorado por mim. Abracei a tua ausência e reneguei o meu próprio reflexo na esperança que o teu rosto reflectisse aquilo que sentia e ainda sinto. O teu nome doía-me, cada letra era uma açoitada na retaguarda, mas ainda assim lia-te, escrevia-te poemas e pincelava-te no meu próprio rosto, fazendo das minhas lágrimas o sangue que nunca me viste derramar. Permaneci nua durante meses, nudifiquei-me de ti e das tuas promessas. Mas, para quê? Os meus olhos lacrimejavam enquanto te imaginava nos braços da outra, o meu mundo ruía de baixo dos meus pés e eu me isolava entre as cobertas, fazendo do meu corpo a minha própria gruta onde nunca, jamais me voltarias a encontrar....até o dia em que tu voltaste.

4 comentários:

sribeirodasilva disse...

pois, realmente foi :) *

A Coração disse...

Realmente,
e assim mesmo que acontece.
Dói quando os sonhos tardam.

D.Ramírez disse...

Belo texto, iniciou com chave de ouro e pelo visto o blog promete.
Bem vinda Angie.
Besos

(mas não sou maldoso com as mulheres nao..rs..pelo contrário, retrato o cotidiano de vocês, com respeito, pq as adoro);)

Anónimo disse...

Retribuindo a visita...

Adorei esse texto! Adorei mesmo! Fiquei aqui pensando quantas vezes me senti assim, e se agora, não tá voltando a acontecer...

Beijos!!!